Afinal, Governo paga<br>à Cambridge

Apesar de ter garantido que a realização do Preliminary English Test (PET), em resultado do protocolo assinado com a Universidade de Cambridge, não traria custos acrescidos para o erário público, o Ministério da Educação (MEC) diz agora que os cofres públicos, afinal, sempre serão abertos, afirma a Fenprof, que acusa o Governo, o MEC e o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) de terem faltado à verdade e ludibriado a opinião pública. A federação sindical vinca ainda a sua discordância com a transformação deste «teste em mais um exame do calendário nacional, obrigatório e totalmente financiado pelo Orçamento do Estado» – em seu entender, uma forma de o MEC «esconder o falhanço e a inoportunidade da colaboração estabelecida pela Cambridge».

A Fenprof, que questionou de forma insistente a parceria referida, revela que os resultados do exame de inglês foram agora conhecidos, sendo que deles se conclui que o número de pedidos de certificação de proficiência linguística foi inferior ao previsto. Também se ficou a saber que, dos cinco parceiros iniciais, três abandonaram o programa, sendo essa a razão avançada para que o Estado português supra a diferença «entre o valor acordado com a Cambridge para financiamento deste programa e aquele que, por via dos parceiros ou das contribuições das famílias, veio a ser obtido», informa a federação sindical.

Tendo em conta os esclarecimentos prestados pelo IAVE em Março e Maio deste ano, segundo os quais a «verba assegurada pela receita decorrente dos pedidos de certificado e pelos parceiros que subscreveram [o protocolo], torna[va] possível, sem qualquer custo para o Estado português, o desenvolvimento de uma colaboração do IAVE com a Universidade de Cambridge», a Fenprof acusa o Governo de ter mentido e exige ao MEC respostas urgentes sobre: o montante a ser entregue à Universidade de Cambridge de acordo com a pareceria estabelecida; os motivos que levaram à saída do programa de três dos cinco parceiros; a anunciada integração deste exame no plano nacional de exames; o montante pago este ano pelo Estado português à Cambridge pela diferença entre o valor acordado com a instituição e aquele que veio a ser obtido.




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